Visita ao MHNJB da UFMG

 Relato da Visita ao Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG - Aula 20/04


    No dia 20 de abril, a aula de AIA foi realizada no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG. O espaço reune espaços de observação e integração com a flora local, composta por várias espécies de árvores e plantas rasteiras interessantes. Além disso, possui um conjunto de exposições que reunem um rico acervo nas áreas da botânica, zoologia, paleontologia, arqueologia e arte popular. Foram exposições permanentes relacionadas a esses dois últimos acervos que o grupo visitou, respectivamente, a exposição Diversidade em contextos arqueológicos indígenas de Minas Gerais e o Presépio do Pipiripau. 

    Essa primeira reproduzia quatro sítios arquológicos em Minas Gerais, datados de cronologias diversas, a partir da exposição de objetos e demais vestígios do modo de vida levado pelos primeiros povos indígenas que habitaram a região. A maioria dos objetos relacionava-se ao cotidiano das tribos, como um ralador de mandioca, redes, pedaços de postes, resquícios de fugueiras, lascas que serviam como instrumento de caça e mesmo urnas funerárias e adereços ritualísticos. A exposição também reunia a reprodução do primeiro crânio humano encontrado no Brasil, além de outras ossadas humanas de residentes dos agrupamentos representados. Os guias da exposição levantaram a discussão - bem pertinente quando pensamos a relação da exposição e os assuntos lidos e debatidos na matéria - sobre como aqueles objetos existiam e existiriam por si só independente da "função" dada a eles a partir do momento em que eles foram encontrados, restaurados e expostos. Ademais, aqueles objetos que parecem ser simples e cotidianos carregam, para além de sua forma, um significado muito grande quanto a cultural e hábitos dos povos ancestrais, devendo ser respeitados e admirados.

    A turma também visitou o Presépio do Pipiripau, obra de caráter popular e religiosa construída ao longo de mais de 80 anos pelo artesão Raimundo Machado. O presépio teve todas as suas peças configuradas a mão pelo mineiro e representa inúmeras cenas religiosas - como o nascimento e a morte de Jesus Cristo - mas também cenas cotidianas inertes a qualquer cidade. É interessante pensar nessa representação das cenas e espaços urbanos, em especial quando se pensa na cidade do início do século XX, quando essas (nesse caso, Belo Horizonte, onde o artesão se inspirou) estavam nascendo e se desenvolvendo. O présepio foi a obra da vida de Raimundo e impressiona os visitantes pelo tamanho, pela riqueza de detalhes em todas as peças e cenas, além dos efeitos sonoros e a movimentação das peças - resultados de um maquinário que também impressiona pelo tamanho e complexidade. É muito interessante ver uma peça que faz parte da cultura e arte popular e representa uma tradição religiosa muito rica no nosso país. 








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