Parágrafo - Discussão Filosofia da Caixa Preta.
Parágrafo com os pontos que mais impactaram do livro Filosofia da caixa preta - Para a aula 10/04
A leitura da obra de Vilém Flusser foi muito enriquecedora na discussão sobre a relação entre humanos e objetos na sociedade materialista contemporânea, ou pós-histórica. Mesmo que "A filosofia da caixa preta" tenha sido escrito e publicado nos anos 80, as questões levantadas a cerca da fotografia são extremamente atemporais, uma vez que explicam com precisão a forma como a humanidade está cada vez mais subserviente à tecnologias avançadas (vide as IAs e os celulares ultra modernos).
É válido destacar como um dos pontos que mais impactaram na leitura é a posição do homem, do fotográfo, como um funcionário que, a primeira vista, domina o aparelho, uma vez que conhece e executa as ações automatizadas de output e input. Com isso, os humanos sentem que são os dominadores nessa dinâmica. A relação, entretanto, é inversa: o funcionário não conhece a extensão dos processos codificadores que acontecem dentro do aparelho, no interior da caixa preta. Logo, são reféns dessa e de uma enorme indústria fotográfica e cultural - de usuários se tornam funcionários.
Outro aspecto a ser destacado é que apesar de funcionário, o homem não trabalha com o aparelho, mas sim joga com ele a partir do momento que o manipula objetivando descobrir novos comandos e possibilidades. O interesse do fotográfo é o aparelho e o mundo lá fora só interessa em função do programa. O que acontece ou deixa de acontecer está relacionado a caixa preta, e as noções de real se tornam deturpadas perante aos fotgráfos, aos apreciadores da fotografia e a sociedade em geral, já que estão todos em função dessa indústria cultural da sociedade.
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