Análise dos espaços escolhidos para intervenção a partir da leitura de Hertzberger

Análise e escolha final dos espaços de intervenção a partir da leitura de Hertzberger - Aula 18/05

Grupo 8: Ana Clara Vitor, Ana Beatriz Irias,  Beatriz Bollina, Mateus Peranovich, Sarah Lima e Vinicius Urpia. 

Hall do primeiro andar. 

    A partir da leitura da obra “Lições de Arquitetura”, de Herman Hertzberger e a divisão da turma em grupos, fizemos um tour pelo prédio da Escola de Arquitetura e selecionamos três locais possivelmente ocupáveis. Os espaços escolhidos pelo meu grupo foram o terraço lateral do quarto andar, visto pela janela do corredor deste pavimento; o lago da praça externa da escola e o hall dos elevadores e escada principal do primeiro andar. As fotos de tais espaços estão anexadas abaixo. 

    Após a atividade de sintegração com os conceitos do Lições de Arquitetura, retomamos a escolha dos três espaços definidos e separados anteriormente. A partir dessas escolhas, serão citados e explorados conceitos e exemplos do livro de Hertzberger.

    A começar com o lago da pracinha em frente a escola. Este encontra-se sem uso, desligado e sem água. Seguindo os conceitos de Hertzberger, podemos relacionar o lago e a praça com a identidade do prédio. E devemos pensar em usos para ele, uma maneira que se preste vários usos diferentes (em concordância com o conceito de polivalência apresentado ao longo do livro) sem que ele sofra uma mudança muito brusca, de maneira que uma flexibilidade mínima gere uma solução ótima. A existência do lago em frente a escola demonstra parte da identidade da escola em uma cidade onde sempre vemos prédios iguais e edifícios setorizados. 

    Ademais, a solução a ser pensada para o lago e para a praça deve contribuir para a criação de um espaço convidativo, que, assim como expõe Hertzberger, seja estimulante e possua mais afinidade tanto com os estudante como também com os moradores do bairro. Ambos os grupos devem poder utilizar a praça como um espaço de encontro, uma vez que essa é um espaço público, que influencia positivamente no cotidiano daqueles que usufruem, mesmo que minimamente, dela. Portanto, os espaços da praça devem ser projetados de modo a incentivar e criar esse local de encontro, que tornem-a capaz de acomodar essas interações, seja de permanência (com mais bancos ou mesmo mesas, a partir da dita "sociologia do sentar") ou de passagem - um segundo uso ao qual a praça pode se dedicar, já que se encontra no cruzamento de duas ruas. 

    Quanto ao lago vazio em si, não é possível alterar sua forma e construir algo novo, mas é possível ressignificar esse espaço e revitaliza-lo, propondo novas possibilidades de uso que podem existir e coexistir a partir da interação desse com as pessoas que se apropriam da praça. Isso porque, segundo o autor em questão, se o lago como componente unitário do espaço da praça for capaz de servir a objetivos diferentes, o todo da praça estará em equílibrio.

Lago inutilizado da praça externa da Escola. 

     Ademais, e agora com relação ao terraço do terceiro andar, ressaltamos que uma intervenção no terraço do terceiro andar faria com que um amplo espaço inutilizado passasse a fazer parte das relações espaciais e proporcionaria maior integração entre o interior e o exterior, contribuindo para uma arquitetura aberta defendida pela Visão II de Hertzberger.

    Caso fosse criado o acesso ao terraço, de uma forma que tornasse possível intervenções dos alunos com o espaço, contribuiria para que as pessoas que o frequentasse deixassem de ser apenas usuários do edifício e se tornassem moradores, provocando mudanças ativas no espaço e criando uma maior relação de afeto.

Possíveis mudanças e usos: 

- Criação de acesso até o terraço 

- Terraço jardim

- Área de confraternização

- Implantação de guarda-corpo de vidro

- Horta comunitária 

- Mural de arte

Terraço visto pelo janela do corredor de salas do quarto andar.

    Com relação ao hall dos elevadores, o local não é nem um espaço de transição (pois se encontra num corredor), nem espaço de permanência, pela falta de recursos e conforto. É um espaço de passagem da maioria, senão todas as pessoas. Poderia ser classificado como "local de espera", visto que sua maior função seria a passagem ou espera pelos elevadores.

    Atualmente também apresenta as funções do bebedouro, a máquina de café, uso das lixeiras e o bicicletário. O bicicletário apresenta algumas falhas na organização e execução, sendo distante da entrada, tendo peças "caindo" e aparentando não cumprir sua função por completo, tendo bicicletas guardadas, por vezes, mais no pátio do D.A. do que nele.

    Por fim, acreditamos que o espaço está sendo mau utilizado, perdendo sua potência de interação e permanência, principalmente por ser um espaço grande com muitas possibilidades e de acesso diário pela maioria.

Relacionando o hall com "Lições de Arquitetura":

- Pode ser realcionado com as "ruas internas" citadas, ou seja, espaços de passagem dentro de edifícios com as mesmas funções que as ruas externas e públicas;

- O zoneamento do espaço = é uma área abandonada no sentido de não gerar um sentimento de responsabilidade pelos usuários, que não se tornam "moradores";

- É um espaço público de acesso geral, mas possui elementos privados, como as bicicletas guardadas e a máquina de café.

Possíveis mudanças e usos:

- Retirada do espaço entulhado de lixeiras;

- Uso da parte inferior da escada;

- Melhora e mudanças no bicicletário;

- Mais incorporações para a permanência e uso, por meio de mais funcionalidades e possiveis interações e conforto;

- Incorporação de mais máquinas de "comida".


Hall e bicicletário do primeiro andar.


Espaço embaixo da escada do primeiro andar, compondo o hall dos elevadores.

   O hall dos elevadores foi o espaço escolhido pelo grupo para a intervenção na Escola. A partir das escolhas e das análises acima, o grupo concordou que o hall era o espaço mais interessante de ser explorado, por conta da sua configuração e das inúmeras possibilidades de intervenção alinhadas aos conceitos de Hertzberger.

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